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Minha primeira obra publicada

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auto-biografia

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ter coragem não é não sentir medo...


Esse conto é realmente real e aconteceu na minha casa


Fui para cama muito cansada depois de um dia cheio.
A cama parecia ter espinhos, era tanto cansaço que não conseguia descansar, é nessas horas que bate a insônia,  geralmente a mente se ocupa de lembranças.
Dessas várias lembranças me peguei muitas noites pensando na mesma coisa, sentindo saudade, muitas saudades de minha quase neta, pois meu filho havia se casado com uma moça que já tinha uma filhinha. Muito linda e carismática, me afeiçoei muito á ela. Um ano depois minha nora engravidou novamente e ao sexto mês, infelizmente, veio a falecer com a maldita gripe A, levando com ela minha primeira neta biológica.
Inconformada com a morte de uma jovem de 19 anos, na flôr da idade, começando uma vida, geralmente me perdia em pensamentos durante a madrugada.
Comentei com algumas pessoas essa minha dificuldade de conformação e alguém me disse:
Isso faz mau pra ela. Precisa descansar, você tem que rezar muito por ela.
Fiquei com isso na minha cabeça por muitos dias e toda noite era quase a mesma coisa.
E numa dessas noites, completamente sozinha em minha casa, durante a madrugada, ouvi alguém bater á porta.
- Quem será a essas horas? - Perguntei á mim mesma.
Não havia ninguém na porta, então voltei para cama, quase tranquila ainda.
Outra vez, mas a batida era na porta do meu quarto.
- O que será isso, quem está aí? Tem alguém aí? - Perguntei meio assustada.
Fiquei dentro do quarto. Um silêncio se fez por quase meia hora e pensei:
- Meu Deus eu tô ficando alucinada com essa coisa de ficar acordada durante noite pensando no que não devo.
De repente, de novo, a porta, levantei cheia de coragem e abri a porta.
Nada, não havia ninguém.
Voltei para o quarto, mais uns minutos se passaram e eu dei um salto da cama, o barulho foi mais alto desta vez.

- Meu Deus tem alguém dentro desta casa. O que vou fazer, não tenho nada aqui para me proteger?
Desta vez fiquei com a luz do quarto acesa, não tinha mais como duvidar, tinha alguém além de mim dentro da casa.
Me enchi de coragem, peguei o ferro de passar, no guarda roupas e usei como arma direcionando seu bico para frente e saí pé por pé, a medida que ia adentrando as peças da casa ia acendendo as luzes.
Nada, nada e nem ninguém. Olhei dentro dos armários, embaixo das camas, atrás das poltronas, fiz uma verdadeira busca e acabei sentada sem entender nada.
Foi aí que o medo começou a me chamar e dizer:
Tem alguém dentro desta casa, só que não é visível á mim.
De repente... parece até piada saiu correndo na minha frente um RATO, sério, e não era filhote.
Fiquei um tempo em cima do sofá, rindo da minha própria cara e o danadinho ali.
Fiquei de plantão, como eu poderia dormir com um rato dentro de casa depois de tê-lo visto ali?
Eram 07:00 horas da manhã e ele ainda estava debaixo do sofá.
Comecei então a tirar as coisas, arrastar sofá, guarda roupas e o danadinho parecia estar brincando comigo, descobri coisas sobre ratos que eu não sabia.
Ele deu alguns saltos mortais tentando fugir de mim, escalou as paredes, fez malabarismo na antena da TV e no fio dela, descansou por mais de 10 minutos contados no relógio sobre a moldura de um quadro na parede. Mas seu lugar preferido era atrás do guarda roupas, empurrei tanto para lá e para cá que cheguei a danificar o móvel. Cansei, Chamei minha cunhada e disse:
Valdete, quero te mostrar uma coisa impressionante. Ela chamou seu filho Raul para ver e aí então veio meu  outro sobrinho Luiz Fernando. Eramos então 4 pessoas dentro daquele quarto atrás de um ratinho. Falando assim parece até covardia, mas levamos mais de 04:00 horas para capturar o pestinha, na verdade acho que ele estava realmente brincando por que depois de tantos berros, daqueles de doer a garganta em meio a gargalhadas, eu já nem sentia mais medo, nem nojo, nada, só achava engraçado.
Até que armei pra ele uma cilada e o pesquei numa cortina de renda, depois de muitas tentativas.
Finalmente, enrolado no pano levei-o pra rua para por dentro de uma caixa de papelão.
Pensei até que tivesse fugido outra vez, mas não, ele se esforçou tanto que quando o desenrolei, estava morto. Deve ter tido uma parada respiratória. Tadinho!
Então eu o enterrei.

Moral da história:

Nem tudo é o que pensamos e nem como pensamos e o medo com certeza é o nosso pior aliado..
Ter coragem, não é não sentir medo,
é vencer o medo. e seguir em frente.

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